Enfim, meu último relato sobre minhas experiências no Chile! (por enquanto, né? Vai que eu volto logo? Ainda me falta conhecer o sul do Chile! rs)
Em 2020 tive a oportunidade de estudar em Santiago, em um curso de férias de uma semana (ou, pra ser mais exata, 4 dias). Então, a visão que tive da cidade nessa viagem foi muito diferente porque além do turismo conciliei o tempo com os estudos.
O roteiro dessa viagem foi bem simples. E a organização, mais ainda. E, claro, se não for viagem com perrengue ou desastre, não é a minha viagem!
O curso foi do dia 27 ao dia 30 de janeiro. Mas, cheguei no Chile alguns dias antes com uma das minhas colegas e a professora que seria responsável pela turma. Chegamos antes pois combinamos de passear uns dias no Atacama antes do curso. Elas ainda não conheciam, e eu estava muito feliz por voltar depois de 4 anos!
A viagem já começou com perrengue! Chegamos no aeroporto de Santiago no fim da tarde, e já tínhamos calculado passar parte da noite nele, pois nosso voo pra Calama era um dos primeiros horários. Estava tudo correndo como o programado, até o avião da Sky que nos levou de Santiago para Calama, anunciar que não ia descer em Calama. Nesses dias em que fomos, a região de Calama tinha enfrentado chuvas muito fortes e ventos tão fortes quanto. Nós não sabíamos disso (😅) então foi com certa surpresa que recebemos a notícia de que o aeroporto de Calama estava fechado por causa dos ventos e da intensa neblina. O avião ficou sobrevoando o aeroporto fechado por longos minutos (sim, passou pela minha cabeça a ideia de que o combustível ia acabar e a gente ia cair 😂) até receber autorização do aeroporto de Antofagasta para pousar.
Era mais ou menos 9 horas da manhã (se não me falha a memória) quando chegamos em Antofagasta. E a companhia aérea fez a maior confusão sem saber passar direito as informações para os passageiros de como prosseguir ou do que deveríamos fazer. Então algumas pessoas iam esperar pelo próximo voo pra Calama, mas que era imprevisto, e outras decidiram seguir de carros, ônibus e vans até seus destinos, afinal, Antofagasta ficava a quase 3 horas de carro de Calama, e seria mais rápido do que esperar outros voos se organizarem SE o aeroporto de Calama abrisse. Nós optamos por manter a calma, tomar café e, por fim, decidimos pegar um motorista que nos levasse direto até San Pedro de Atacama.
Conseguido o motorista, enfrentamos uma viagem de 4 horas de Antofagasta até San Pedro. Paramos na Portada, em Antofagasta, para fotos e depois seguimos. Demos a sorte de pegar um motorista simpático que nos levou direto pra a cidade e que ainda nos passou algumas informações turísticas no caminho! E se você está se perguntando se não estávamos cansadas e não dormimos durante o trajeto… bem, sim dormimos! Mas não perdemos nada do caminho porque pra onde se olha nesse trajeto Antofagasta/San Pedro é deserto, deserto e deserto!
Até aqui, por eu já conhecer o Chile, posso dizer seguramente que foi muito fácil para mim manter a calma. E eu estava com ótimas e aventureiras companhias, o que fez da situação um perrengue divertido de se lembrar com boas risadas!
No Atacama, nos hospedamos no Hostal Casa Colque. Acomodação simples (exatamente para quem quer gastar 90% do templo explorando e o restinho descansando!), ótima localização – a 5 minutos do centro de San Pedro – o que nos permitiu fazer muita coisa a pé. Também fomos com o contato de um guia brasileiro que reside em San Pedro e ele foi o responsável por nos ajudar com os passeios, de forma que ficou tudo bem organizado nos deixando com horas livres pra comprinhas e escapadas gastronômicas.
Em San Pedro compramos chips pro celular, comemos empanadas maravilhosas, almoçamos muito bem e demos a sorte de pegar um bom tempo para os passeios. O único passeio que não fizemos foi o do céu noturno, por causa das densas nuvens e das chuvas dos últimos dias. O que fizemos no Atacama:
- Café da manhã no Trópico de Capricórnio (porque a gente é chique);
- Lagunas Altiplanicas;
- Torre do Sino em Toconao;
- Geisers del Tatio (o MELHOR café da manhã do mundo! Pão com ovo e abacate, e café!)
- Poblado Machuca (onde experimentei churrasco de llama)
- Lagunas Escondidas de Baltinache
- Salar de Tara
E, sim, teve bastante foto de bichos e, claro (ou não seria minha viagem), a van que nos trazia de volta do Salar de Tara quebrou bem no meio da estrada retornando a San Pedro, há poucas horas de corrermos para o aeroporto embarcar para Santiago!
Na volta para Santiago, demos a sorte de o aeroporto de Calama ter reaberto, pois fomos embora domingo após o passeio, e na segunda-feira já tinha aula pela manhã!
Em Santiago, além do curso, conseguimos arrumar tempo para passear. Então, depois que estávamos todas juntas (erámos uma turminha de 6 mulheres rs) planejamos como dividir o tempo entre a faculdade e passear por Santiago. Eis o que fizemos, entre estudar e tempo livre:
- Costanera Center (sushis de abacate! Ê saudade!)
- Cerro San Cristóbal
- Vinícola Undurraga (passeio organizado pela faculdade)
- Cerro Santa Lucía
- Palacio de La Moneda
- Viña del Mar
- Valparaíso (e eu continuo não curtindo a cidade rs)
- Monumento a la Victoria de Chacabuco
- Fronteira Chile/Argentina
- Laguna del Inca
Sim, fizemos bastante coisa! E bastante coisa deixamos de fazer! Não me canso de Santiago e quero explorar ainda mais! Muitos desses passeios foram feitos no mesmo dia, por exemplo Viña del Mar e Valparaíso. As cidades são pequenas, limítrofes, então dá pra passar a manhã em uma e a tarde em outra. O bom de Santiago é que a estrutura da cidade e o metrô permitem que você conheça vários lugares em um único dia.
Deixei o Chile com o coração apertado, mas voltei ao Brasil com meu espanhol melhorado e ótimas recordações!
Sim, encontramos manifestações, pegamos o reflexo das bombas de gás mesmo estando longe, mas deu tudo certo. Foi meio triste ver Santiago pichada, lojas fechadas, confrontos. Mas ainda assim, foi uma experiência maravilhosa ver um outro lado da cidade que eu nunca imaginei que veria. A volta ao Brasil foi marcada pelo início da propagação da pandemia do covid-19 fora da China, tendo em vista que voltamos ao Brasil no dia 02 de fevereiro e o vírus estava começando a se espalhar pelos aeroportos europeus. O comentário que tinha, na época, era de que uma forte doença, semelhante a uma gripe, estava sendo transmitida nos aeroportos. Até fuçamos as farmácias chilenas por máscaras, mas não encontramos. Cerca de 20 dias depois, o vírus estaria na América Latina chegando com força!
Por enquanto, essa foi minha última visita a Santiago e assim encerro minha saga Chilena. Fecho minha aventura de 3 visitas ao Chile com fotos desta visita de 2020.
La Portada, Antofagasta Trópico de Capricórnio, Atacama Lagunas Altiplanicas Uma das duas Lagunas Torre do Sino de Toconao Doguinho charmoso de Toconao Friaca nos Geisers del Tatio Geiser em atividade Pão com ovo e abacate! Llamas na descida dos geisers Região de Tatio Churrasco de llama do Poblado Machuca Baltinache A caminho do Salar de Tara Salar de Tara Sushi de abacate! Degustação de vinhos da Undurraga Laguna del Inca Das manifestações em Santiago Recepção no aeroporto de Guarulhos, de volta a São Paulo!
Curios@ para saber o que vem no próximo post? Lembrando que ainda tenho que contar sobre duas viagens! O próximo relato será sobre meus 15 dias no Peru, em 2016!
E se você chegou agora e está curioso para saber mais sobre outras viagens que eu já fiz, clica nesses links aqui:
- Série: Minhas viagens – post 01/06 – Dicas e Inteligência Cultural
- Série: Minhas viagens – post 02/06 – Buenos Aires
- Série: Minhas viagens – post 03/06 – Maceió
- Série: Minhas viagens – post 04/06 – Chile
- Série: Minhas viagens – post 04/06 – Chile 2016
- Série: Minhas viagens – post 04/06 – Chile 2017
- Série: Minhas viagens – post 05/06 – Peru 2016