No segundo post sobre minhas experiências no Chile, conto sobre a minha semana em Santiago, organizada em conjunto com uma amiga que não falava absolutamente nada de espanhol e seria a primeira experiência dela fora do país.
Na primeira vez em que estive na capital chilena, foi apenas por 24 horas (contei nesse post sobre a viagem de 2016). E em 2017 tive a oportunidade de voltar para ficar uma semana e conhecer de pertinho tudo o que não conheci na viagem anterior.
O planejamento da viagem foi tranquilo porque assim que decidimos viajar, buscamos o auxílio da Latam para nos ajudar. Como era nossa primeira viagem sozinhas fora do país, não queríamos ficar presas a um grupo turístico mas também queríamos a segurança de que alguém poderia nos acudir em uma emergência.
Pela Latam fechamos as passagens, o traslado aeroporto/hotel – hotel/aeroporto e o city tour no primeiro dia em Santiago. Daí, foi só viajar! E tudo isso foi organizado durante o mês de maio, e nós viajamos na segunda semana de junho, sem esperança de pegar muita neve, afinal a neve em Santiago é mais propensa entre julho e agosto.
Nosso voo saindo de São Paulo foi marcado para bem cedinho, assim chegaríamos em Santiago por volta das 12:00, em tempo de almoçar e descansar para o city tour que seria no dia seguinte de manhã. Em Santiago o motorista agendado pela Latam já estava nos esperando no aeroporto e nos levou até o hotel reservado.
Chegando no hotel, colocamos à prova a assistência oferecida pela Latam. O hotel que reservamos disse que não tinha a nossa reserva. Então, peguei os dados da Latam que confirmavam a reserva e, mesmo assim, o homem que nos atendeu insistia que não tinha a reserva e que mesmo depois de achar a solicitação ele não tinha quarto para nos atender. A solução dele foi nos encaminhar para uma “filial” do hotel, em outro ponto de Santiago, distante de onde queríamos ficar. Já estranhamos o caminho que o taxista estava fazendo, e ele mesmo nos alertou para não sairmos sozinhas de noite. Minha amiga, já querendo chorar, queria voltar pro Brasil e eu achando aquilo tudo meio estranho, acalmei ela como pude e seguimos.
O hotel para onde fomos encaminhadas era pior do que tudo o que poderíamos imaginar. E ficava numa localização horrível, longe de qualquer metrô. O atendimento, logo que chegamos, também foi péssimo, e nosso quarto, pior ainda. Depois de nos acalmarmos, entramos em contato com a Latam, explicamos toda a situação e, depois de quase quatro ou cinco horas de nervoso com minha amiga querendo voltar pro Brasil, a Latam conseguiu nos acomodar num simpático hotel, em frente ao Cerro Santa Lúcia, perto de metrô e numa boa localização com vida noturna agradável!
Agora sim, descansadas, e passado o sufoco, pudemos aproveitar a viagem. Fizemos o city tour por Santiago e com a mesma agência do city tour fomos para a vinícola Undurraga, e para o Valle Nevado. E demos muita sorte porque pegamos bastante neve!
Sozinhas e sem agência turística, aproveitamos bastante. Andamos de metrô, passeamos em feirinha, passeamos no Mercado Central (sim, comemos a centolla!), fizemos compras, andamos no Costanera e na avenida principal… Tudo procurando o máximo possível falar em espanhol. Minha amiga que chegou em Santiago falando zero espanhol voltou falando algumas palavras e fez até amizade com uma senhorinha da feirinha do Cerro Santa Lúcia!
O que aprendi com essa viagem (anota aí essas dicas para aumentar sua Inteligência Cultural!):
- Planejamento é tudo. Independente de você viajar com a assistência de uma agência de turismo, planeje. O planejamento te prepara até para imprevistos.
- Manter a calma é essencial. O perrengue que passamos com o hotel foi um susto enorme, ainda mais vindo de um contato indicado pela Latam. Mas manter a calma foi a chave para não deixar que essa péssima experiência arruinasse a viagem. Manter a calma te mantém sã e não deixa que boas memórias sejam arruinadas por um incidente. Lembre sempre que não se deve tomar decisões quando se está sobre um nervosismo muito grande!
- Saber palavras no idioma do país. Uma das melhores dicas de Inteligência Cultural e provavelmente a que eu mais indico a se trabalhar. Porque sabendo um vocabulário básico no idioma do país que você está conhecendo, você expande sua experiência sendo mais independente de tradutores/dicionários/guias, e você não se deixa enganar. O pessoal do hotel para onde nos mandaram (o hotel que deu problema) poderia ter causado um estrago maior à nossa viagem caso uma de nós duas não falasse espanhol. Eles poderiam ter nos enganado e cobrado taxas inexistentes, por exemplo.
- Não ter medo. Quando viajando sozinh@, não tenha medo de perguntar. Se você não perguntar, vai deixar de conhecer muito lugar legal, aprender uma nova língua e de melhorar a sua viagem!
- Preste atenção aos seus pertences. Eu esqueci meu cartão de crédito em uma loja do Valle Nevado. Pois é! Estava tão empolgada comprando que não prestei atenção em pegar o cartão de volta depois de finalizar a transação. A minha sorte foi que o pessoal da agência que nos levou conseguiu encontrar meu cartão e me devolveu no dia seguinte!
- Pensar com a moeda local, e não com a minha moeda. Se você viaja para fora do Brasil e fica toda hora calculando o preço das coisas que está comprando, você está estragando sua viagem. Por que? Porque você já deveria ter incluído no planejamento a parte financeira. Esteja preparado para pagar o câmbio por causa de um saque inesperado, mas se prepare ainda mais para não ter que fazer esse saque. Faça de antemão uma lista do que quer fazer e do que quer comprar e, antes da viagem, calcule em casa o câmbio aproximado. Assim você viaja com segurança e sem perder metade da viagem convertendo o valor dos gastos. Ficar calculando os preços ainda vai evitar que você compre coisas legais ou faça passeios incríveis. Quando em outro país, pense com a moeda local. Esqueça o real, você não está mais no Brasil!
- Procure viajar de dia. Eu sempre evito viajar de noite (a não ser que eu esteja com agência, como foi o caso do Egito ou precise fazer escala). Viajar de dia e chegando no destino o mais cedo possível vai te dar mais segurança para lidar com os imprevistos como aconteceu com a gente e o incidente do hotel.
Fotos da viagem? Tenho sim! Dá uma olhadinha na galeria abaixo!
Cordilheira com neve! Cerro Santa Lúcia Jardim da vinícola Undurraga E teve degustação de vinhos também! A cara da pessoa vendo a neve de pertinho pela primeira vez! (eu me senti uma criança hahaha) Santiago vista pela torre do Costanera Sushi de abacate! Maravilhoso! Santiago vista do Cerro San Cristóbal Centolla do Mercado Central. Considerando os acompanhamentos, alimenta fácil 4 pessoas! Palacio de la Moneda Cerveja no Mercado Central Se eu não fizer amizade com um bicho na viagem, não sou eu! E essa girafa posou para várias das nossas fotos! Pisco Sour no Bairro Lastarria Valle Nevado
Essa viagem me fez perceber que planejar uma viagem e viajar sozinha (ou com uma amiga) é a experiência mais incrível pela qual eu já passei. E o Chile não acaba aqui, no próximo post vou dividir como foi estar de volta ao Atacama e a Santiago, dessa vez como estudante!
Acompanhe os outros posts sobre as minhas viagens:
- Série: Minhas viagens – post 01/06 – Dicas e Inteligência Cultural
- Série: Minhas viagens – post 02/06 – Buenos Aires
- Série: Minhas viagens – post 03/06 – Maceió
- Série: Minhas viagens – post 04/06 – Chile
- Série: Minhas viagens – post 04/06 – Chile 2016
- Série: Minhas Viagens – post 04/06 – Chile 2020
- Série: Minhas viagens – post 05/06 – Peru 2016
Helena
8 comentários em “Série: Minhas viagens – post 04/06 – Chile 2017”